segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ACOLHENDO COM APREÇO A PALAVRA EM VÓS IMPLANTADA.




Mateus 13.1-9; 18-23

É consenso, que dependendo do modo como encaramos as coisas, situações e pessoas, podemos transformar o natural e simples no mais perfeito e memorável momento em nossa vida. Como também, é possível dar outro sentido e valor ao que tem, tornando-o drástico e desprezível aos nossos olhos. Um bom exemplo do que penso pode ser visto no ato de hospedar alguém em nosso lar. Dependendo do modo como recebemos os convidados, marcamos de modo significativo ou desprezível sua passagem entre nós.
Diz o adágio popular que “a primeira impressão é a que fica”.

Na passagem, é comum logo nos voltarmos para o “semear” como sendo a primeira impressão proposta na Parábola. Todavia, antes de ingressar propriamente nela, gostaria que olhasse com atenção ao que antecede a própria Parábola.
Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, sentou-se a beira mar”. (v.1)

Esta parábola do Senhor Jesus é compartilhada em dois outros evangelhos, Marcos e Lucas. Especificamente no Evangelho de Lucas, somos informados que o Senhor Jesus tinha um ministério tipicamente itinerante. Daí, a importância de atentarmos para o que Mateus registra como “saindo de casa”.

Você já pensou de que casa ele saia? Se a dele, ou se como sugestão bem poderia ser de uma das casas das mulheres que acompanhavam e serviam a Jesus e seus discípulos? O foco não é esse. Mas, veja a ênfase dada por Lucas 8.1-4 quando diz: “que andava Jesus de cidade a cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino”. Também é mencionado que “Algumas mulheres... e Joana, mulher do procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe davam assistência com seus bens”.

Vejamos alguns pensamentos que o texto nos sugere.
Primeiro: DEVEMOS DAR IMPORTÂNCIA A PESSOA, PARA EM SEGUIDA DARMOS AS SUAS PALAVRAS. (v.2a “... e grandes multidões se reuniam perto dele”).
Jesus falava diante de uma “grande multidão” após sair de uma casa e provavelmente já estar de viagem para outras aldeias e cidades, como Lucas destaca. Alguém teve a honra de hospedar a Jesus. E, quem seria o próximo?

Qual família o convidaria para passar aquela noite ou tomar a próxima refeição? Ou não é algo a se pensar?

Por certo, a lógica é achar que Jesus tinha uma fila de convites para passar a noite e tomar refeições, certo? Veja o que o próprio Jesus diz a respeito.

Lucas 9.58 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. 

Nenhuma casa? Nenhum convite? Isso mesmo! Pelo que somos informados pelo próprio Senhor Jesus, repousar numa casa e tomar refeições com famílias, era coisa rara. Daí o valor dado a acolhida de Zaqueu, por exemplo.

SEM RECEBER A PESSOA DE JESUS, NÃO SE RECEBE A SUA PALAVRA
Agora, sim, podemos ingressar no desenrolar da Parábola do Semeador. 

(v.4 “... uma parte caiu a beira do caminho”).
(v.5Outra parte caiu em solo rochoso”).  
(v.7Outra caiu entre os espinhos”).    
(v.8Outra em fim, caiu em boa terra”).   

A aplicação oferecida é: de cada quatro corações, um acolhe a pessoa e palavras de Jesus. Os demais até ouvem, estão bem diante dele, mas, não o convidam para hospedá-lo.

SEM RECEBER A JESUS, NÃO LHE DAMOS TEMPO PARA OUVI-LO.       
Jesus chama então, a atenção dos ouvintes, para o tipo de hóspede que ele quer ser em sua vida.  
(v.3Eis que o semeador saiu a semear”) 
Jesus não é do tipo de hóspede que dá trabalho, dá despesas ou que tira do tempo das pessoas. Na verdade, sua presença sempre acrescenta, nunca diminui. Quem já o hospeda em seu coração sabe disso.
As suspeitas ou recusas são preconceituosas e impróprias para o convidado ilustre que ele é.
O próprio Senhor Jesus, denuncia a falta de acolhida a sua pessoa.  
                 
(v.19A todos que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração”). As justificativas para a recusa são muitas e até criativas.

Como: Não tenho tempo. Não tenho condições. Sinto não ser o momento agora etc.

SEM RECEBER A JESUS, TUDO NA VIDA RECEBE MAIS IMPORTÂNCIA DO QUE ELE.
Jesus é importante em sua vida? Pense bem! E se Ele te disser que não?
A forma como a Palavra figura pela (semente) é acolhida nos corações, é a maior prova que Jesus não é tão importante quanto ouve ser.

Marcos 7.6Bem profetizou Isaías a respeito de vós... Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.

Na aplicação da Parábola, Jesus assevera a respeito da falta de prioridade que recebe na vida de muitos, o que se aplica no recebimento de sua palavra.

É como se ele disse-se: 
(v.19) Vejam como sou tratado com desdém (periferia) “a beira do caminho”. 
(v.20s) Vejam como sou tratado a tempo e hora marcada. Basta um aperto e angústia, o que é muito comum, e logo sou descartado “solo rochoso”.    
(v.22) Vejam como por bem pouco sou trocado, ou melhor, vendido “cuidados do mundo e a fascinação das riquezas”! 

CREIO que você achou absurdo o fato de um dos seus discípulos, Judas, ter traído a Jesus, vendendo-o por trinta moedas de prata, não? Sim! Mas, quantas e quantas vezes Jesus é “vendido” ou trocado por alguns reais a mais no salário? Quando ao invés de estar diante dele, em sua casa, adorando-o, você acha mais vantajoso à sua vida o faltar por “acrescentar” algo que lá na frente, nada acrescentará? Pense nisso.

Segundo: DÊ IMPORTÂNCIA AO QUE RECEBE, OFERECENDO FRUTOS.
O Senhor Jesus nada pôde acrescentar aos três primeiros solos, porque não existia nada. Fico a imaginar o quão satisfatório seria lermos que nos quatro tipos de solos, os desafios foram superados e os frutos vieram por lutas e prova da superação pela fé.

COM O ENTENDIMENTO DO MODO COMO RECEBEMOS A JESUS, MUITOS FRUTOS DAREMOS. (v.9 “Quem tem ouvidos [para ouvir] ouça”).   
(v.23) Mesmo para aqueles que de modo satisfatório hospedam a Jesus em seus corações, fica a exortação dada pelo modo decrescente dos frutos serem oferecidos. Percebe-se como verdade que a tendência é a diminuição dos frutos. Por quê?   

Não seria talvez a força arrebatadora que está sobre os três primeiros solos, tentando penetrar no quarto e último? Pense nisso!

A conclusão que o Senhor Jesus nos oferece é que sem o entendimento da Palavra (semente) todo o trabalho de Jesus (semeador) não é aproveitado na vida de todos que precisam.

Enquanto pessoas fecham suas vidas e lares para Jesus e a Sua palavra penetrar, deixando-o fora. Ele continua a bater. 
Todas as coisas acontecem de modo soberano. Sim! Mas de responsabilidade humana também.
Os homens serão julgados segundo suas ações, escolhas, palavras e pensamentos.

Apocalipse 3.20Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”.

A presença de Jesus é abundantemente cheia de bênçãos. Enquanto fecham a porta para ele entrar, ele está oferecendo portas abertas.

João 14.2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar”. Jesus é um viajante que merece a nossa acolhida e a honra de fazer parte da nossa família e vida.

sábado, 13 de setembro de 2014

CONTANDO COM A BOA MÃO DO SENHOR



Como você avaliaria a sua vida se contasse sempre, com a boa mão do Senhor?
Posso imaginar que para alguns, isso apenas pareça algum tipo de presunção. Para outras talvez, nada mudaria em suas vidas, pois, são céticas demais para achar verdade tal possibilidade. Para uns poucos, tudo mudaria e para melhor! E você o que diz?     
Para os que creem ser vantajoso na vida contar com a boa mão do Senhor, a Bíblia oferece provas práticas de como isso, se mostra favorável à pessoa. 


Na Bíblia a expressão “Boa Mão do Senhor” aparece oito vezes, sendo que seis num só livro, o livro de Esdras.  
O personagem central do livro é o próprio Esdras, que chamado por Deus, recebeu o encargo de liderar a primeira caravana do povo após o período de cativeiro babilônico. Ele estava sob o reinado de Artaxerxes I, também conhecido como longimano, por ter uma das mãos, maior que a outra.

O desafio de Esdras em convencer o rei e o povo a retornarem para Jerusalém, bem como providenciar e administrar todo o aparato necessário, só tornavam as coisas humanamente mais difíceis. Daí o que faz mudar as perspectivas e ações tomando como base que ele contava com a boa mão do Senhor.


Contar com a boa mão do Senhor é mais do que obter alguma garantia para as decisões que precisam ser tomadas; é a certeza que não estará indo contra Deus.


A primeira evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez no FAVOR DO REI. (v.6b)segundo a boa mão do SENHOR, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira”.  


A boa mão do Senhor estava sendo estendida através do rei Artaxerxes I; era o que Esdras contava como de fato acontecendo naquele momento histórico e marcante para todo o povo. Os papeis parecem se inverter no sentido que Deus elevara a pessoa de Esdras aos olhos do rei, com o fim de que em tudo, este lhe concedesse.

É bom o destaque, que Artaxerxes por suas próprias palavras nos capítulos sete e oito, não dá indícios de uma experiência pessoal de conversão com o Deus dos hebreus e de Esdras. O que em nada o põe como um desobediente ao curso da vontade de Deus em todo o processo.

As ações de Artaxerxes ora movidas pela boa mão do Senhor, podem ser vistas nos versos seguintes:   
(v.13) Permissão deliberada para o retorno do povo;    
(v.15) Disposição dos bens próprios e reais para o custeio do retorno;     
(v.16) Liberação dos recursos de todo os súditos em favor da comitiva; 
(v.21) Liberação das tesourarias das províncias caso Esdras achasse necessidade.                                                                                 
As ações de Artaxerxes são raras e poderosas, vistas que não se percebe em nossos dias, motivação semelhante as que por um “incrédulo” estavam sendo realizadas.


Lição: Contar com a boa mão do Senhor é saber que ele trabalha nos corações das pessoas, movendo-as em Sua direção.


A segunda evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez no ÂNIMO PELAS MISERICÓRDIAS DO SENHOR. (v.28) “... e que estendeu para mim a sua misericórdia perante o rei, os seus conselheiros e todos os seus príncipes poderosos. Assim, me animei, segundo a boa mão do SENHOR, meu Deus, sobre mim, e ajuntei de Israel alguns chefes para subirem comigo”


Contar com as misericórdias do Senhor, é reconhecer toda dádiva como próprias a Deus. E, tendo como base a sua própria incapacidade, Esdras se mostra digno e capaz de administrar com fidelidade as bênçãos do Senhor em tudo.

Hoje, as ações misericordiosas do Senhor não são mais vistas. Não são poucos os esquecidos do quão poderosamente a boa mão de Deus o abençoou, seguiu e lhes deu vitórias. Esdras mantinha o coração íntegro para com Deus em suas conquistas.

Os preparativos ganham formas, as pessoas começam a decidir partir para Jerusalém, os primeiros passos são dados e o ânimo toma os seus corações.


Lição: Contar com a boa mão do Senhor não é, não ter o que fazer e sim, fazer tudo com motivos de louvor a Deus.


A terceira evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez no CHAMADO DOS SERVOS DO SENHOR. (8.15-18) 


Já em meio à caminhada, Deus desperta novamente o coração de Esdras, para que este passe em revista a todos quantos o seguiam. Este era um costume judeu. O propósito poderia variar e entre outras coisas, fazer um senso das famílias e o tipo de mão de obra disponível. Além de uma melhor redistribuição dos recursos. 
Contudo, algo triste e que nos chama a atenção. (v.15c “... não tendo achado nenhum dos filhos de Levi”).

Sabemos que das doze tribos, a tribo de Levi foi a escolhida por Deus, para servir na obra do Senhor nos trabalhos relacionados ao louvor e sacrifícios. 
A esta tribo, foi vetado o direito que as outras eram comuns, como ter posses, terras e outras coisas mais. As demais tribos deveriam sustentar e manter a tribo de Levi em suas necessidades básicas. 
O que vemos mediante o contexto é que estes viram como "vantagem" ficar na Babilônia, plantando, construindo e tendo a semelhança das demais, o que elas tinham e podiam fazer.

O servir ao Senhor passou a ser visto com desvantagem. Pelo menos essa, é a impressão que podemos tirar da não ida dessa tribo tão especial àquele momento histórico. 

A perca da visão ministerial não era algo só daquele tempo. Tem sido cada vez mais ofuscada e desencorajada pelos dissabores do tempo presente.
Hoje, poucos são os jovens que decididos a seguir e servir de modo integral ao Senhor no ministério. Um quadro ainda mais triste em muitos seminários, com turmas de meia dúzia de pessoas, enquanto que as mocidades reforçam as concorridas vagas nos diversos cursos seculares. De quem é a culpa? Será que não há mais a necessidade do chamado? São desmotivados pelo quê? 

NOTA: Dados de uma pesquisa feita nos Estados Unidos, pelo Instituto Schaeffer, num congresso de Líderes Religiosos. 70% dos pastores lutam constantemente com a depressão, e 71% estão “esgotados”. Além disso, 72% dos pastores dizem que só estudam a Bíblia quando precisam preparar sermões, 80% acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente as suas famílias, e 70% dizem não ter um “amigo próximo”, 80% dos estudantes de seminário (incluindo os recém-formados) irão abandonar o ministério dentro de cinco anos. 


O certo é que Esdras, convence a muitos a virem e tomarem novamente o curso de vida proposto pelo Senhor aos mesmos. (vv.18-20)


Lição: O cuidar e valorizar aos que dedicam suas vidas no ministério é o maio estímulo que o povo de Deus pode dar.


A quarta evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez na PROTEÇÃO CONTRA OS INIMIGOS  (8.31; 7.9) “Partimos do rio Aava, no dia doze do primeiro mês, a fim de irmos para Jerusalém; e a boa mão do nosso Deus estava sobre nós e livrou-nos das mãos dos inimigos e dos que nos armavam ciladas pelo caminho”


Esdras sabia que a jornada seria longa e perigosa. Ele carregava uma elevada quantia de joias e outros bens dados pelo rei, seus oficiais e demais do povo. Contar com a boa mão do Senhor era ser poupado de assaltos e latrocidas no retorno a Jerusalém.


Lição: A boa mão do Senhor é uma forte aliada contra os possíveis perigos e inimigos em meio as jornadas da vida.


A quinta evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez ao CUMPRIR O TRAJETO QUE TINHAM A PERCORRER. (7.9“... pois, no primeiro dia do primeiro mês, partiu da Babilônia e, no primeiro dia do quinto mês, chegou a Jerusalém, segundo a boa mão do seu Deus sobre ele”.
 

Para entender melhor o que Esdras está dizendo aqui, é preciso conhecer um pouco da geografia do deserto entre a Babilônia e Jerusalém. Uma jornada por lugares ermos, com muitas montanhas e perigos por todo o lado.

O Salmo 121 diz: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro”?

Aqui temos uma indicação que dos montes, tanto o socorro poderia vir (livramento) como as ameaças também. Pois, salteadores costumavam ficar nos altos para poderem atacar com facilidade e sem reação os que passavam ao pé dos montes nas estradas estreitas e rochosas. Esdras reconhece que era a boa mão do Senhor que possibilitava desde a saída até a chegada, tempos de proteção e paz numa jornada de quatro meses.


Lição: Contar com a boa mão do Senhor é poder entregar o nosso destino em suas mãos. Tenha Deus em sua vida.


A sexta evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez na PRECAUÇÃO EM NÃO DENEGRIR A IMAGEM DE DEUS (8.22) “Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam”. 

Esdras era um homem de testemunho e palavra. Após narrar ao rei Artaxerxes I, quem era o Deus de Israel, o seu Deus, ele não se viu mais com condições de pedir ao rei uma escolta que os acompanhasse.

Esdras tinha como desafio pessoal, entregar a sua vida e a de todos que com ele retornassem, unicamente nas mãos do Senhor. E assim, Deus honrou a Esdras e a todos quantos com ele estavam.


Lição: Estar debaixo da boa mão do Senhor é estar na condição de maior segurança que exista.


Espero que após as evidências do quão importante é contar com a boa mão do Senhor, você possa estar com o desejo de assim viver. Daí gostaria de mostrar por fim, como foi que Esdras obteve a boa mão do Senhor.

Peço que leia e releia o verso dez do capítulo sete.  Neste verso encontramos alguns passos práticos de como alcançar sobre si a boa mão do Senhor. 
(7.10) “Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos”.


Minha oração e sincero desejo é que juntos, possamos prosseguir debaixo da boa mão do Senhor. Tenho a firme certeza que assim, chegaremos ao lugar que a todos, Deus espera que cheguemos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

VIGILANTES NO SOCORRER



Nada mais existe que possa nos convencer mais do que a Palavra de Deus”. 


 “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.Hebreus 4.12

Todos, nós, estamos sujeitos há um e outro momento a tropeçar. Ninguém há que seja imune a isso, não é verdade? Nem sempre percebemos o quão próximo de nós os vacilos e perigos estão. Daí a melhor receita é saber que não somos tão fortes quanto parecemos nem tão perfeitos quanto queremos ser, principalmente diante dos que a nossa volta estão.

É assim, que vejo os vários alertas e admoestações que nos são oferecidos graciosamente por Deus em sua Palavra. Mas, e se não dermos ouvidos nem a devida atenção ao que a Palavra nos exorta? Seremos porventura mais sábios ou estaremos mais capacitados a agir do que outros, a não errar? Certamente que não! Por vários eventos, encontramos situações em que pedimos a ajuda e não temos. Por vários momentos se percebe a forte presença do inimigo de nossas almas próximo a nós; sabemos que ou a nós ou mesmo aos que a nossa volta estão ele procurará atacar e ferir. É preciso estar atentos às ciladas e desígnios que ele nos impõe.  
 “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”.               II Coríntios 2.11

De pequenas quedas, embora, não desmerecidas de atenção e correção, podemos transformar em algo muito pior, muito maior e de consequências profundas e dolorosas. É assim, que somos enlaçados e atacados pelo inimigo de nossas almas.
A palavra de Deus nos admoesta em  porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. Efésios 6.12 

A exortação paira sobre o presente cuidado de não darmos nenhuma “ajudinha” a guerra que já enfrentamos que é por natureza espiritual e não da carne. Não vejo neste versículo qualquer permissão de termos que por a “mão ou língua” nem qualquer outro membro do nosso corpo para favorecer ao que já é por natureza uma batalha travada.

Infelizmente, por não atentarmos ao que a Palavra nos diz, muitas vezes incorremos no agir de Saulo de Tarso, que por uma visão imprópria da graça e do zelo para com Deus, assolava, prendia, maltratava e condenava os santos. Atos 8.3 A exortação é que sem se dar conta do que fazia ou mesmo consciente até, ele, Saulo, ofereceu ao inimigo de nossas almas a sua contribuição; pôs suas mãos, sua boca e sua própria vida contra as evidências da misericórdia e o amor de Deus.

O princípio que deve nortear a nossa conduta em todos os momentos é um só. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. João 13.15 Temos a cada dia que o Senhor graciosamente nos concede a oportunidade de vivenciar este princípio. Através do qual Satanás, que é o nosso único e verdadeiro inimigo, e da Igreja de Cristo, não terá chance alguma de vencer-nos. 

Nos relacionamentos, o cuidado deve ser redobrado como nos diz: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”. Mateus 7.12 

O Senhor Jesus está na verdade, oferecendo-nos uma receita de sucesso! Em que o primeiro ingrediente é: coloque-se no lugar do seu próximo e sentirá o que ele passa; para saber se desejaria estar em seu lugar. Tanto o nosso próximo quanto nós, podemos tropeçar em algum momento de nossa caminhada.
Meu desejo é que mais do que ao que você está lendo, sua atenção esteja voltada para o que a Palavra de Deus diz. É por ela que todos darão conta de suas ações e palavras, inclusive eu.

Que o Senhor nos abençoe e nos faça a cada dia, mais parecidos, com Ele. Amém!