Mateus 13.1-9; 18-23
É consenso, que dependendo do modo como
encaramos as coisas, situações e pessoas, podemos transformar o natural e simples
no mais perfeito e memorável momento em nossa vida. Como também, é possível dar
outro sentido e valor ao que tem, tornando-o drástico e desprezível aos nossos
olhos. Um bom exemplo do que penso pode ser visto no ato de hospedar alguém em
nosso lar. Dependendo do modo como recebemos os convidados, marcamos de modo
significativo ou desprezível sua passagem entre nós.
Diz o adágio popular que “a primeira
impressão é a que fica”.
Na passagem, é comum logo nos voltarmos para
o “semear”
como sendo a primeira impressão proposta na Parábola. Todavia, antes de
ingressar propriamente nela, gostaria que olhasse com atenção ao que antecede a
própria Parábola.
“Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa,
sentou-se a beira mar”. (v.1)
Esta parábola do Senhor Jesus é compartilhada
em dois outros evangelhos, Marcos e Lucas. Especificamente no Evangelho de
Lucas, somos informados que o Senhor Jesus tinha um ministério tipicamente itinerante.
Daí, a importância de atentarmos para o que Mateus registra como “saindo de
casa”.
Você já pensou de que casa ele saia? Se a
dele, ou se como sugestão bem poderia ser de uma das casas das mulheres que
acompanhavam e serviam a Jesus e seus discípulos? O foco não é esse. Mas, veja
a ênfase dada por Lucas 8.1-4 quando diz: “que andava Jesus de cidade a cidade e de aldeia
em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino”. Também é mencionado
que “Algumas
mulheres... e Joana, mulher do procurador de Herodes, Suzana e muitas outras,
as quais lhe davam assistência com seus bens”.
Vejamos alguns pensamentos que o texto nos
sugere.
Primeiro: DEVEMOS DAR IMPORTÂNCIA A PESSOA, PARA EM SEGUIDA DARMOS AS SUAS PALAVRAS. (v.2a “... e grandes multidões se reuniam perto dele”).
Primeiro: DEVEMOS DAR IMPORTÂNCIA A PESSOA, PARA EM SEGUIDA DARMOS AS SUAS PALAVRAS. (v.2a “... e grandes multidões se reuniam perto dele”).
Jesus falava diante de uma “grande multidão” após sair de uma casa e provavelmente já estar de
viagem para outras aldeias e cidades, como Lucas destaca. Alguém teve a honra
de hospedar a Jesus. E, quem seria o próximo?
Qual família o convidaria para passar aquela
noite ou tomar a próxima refeição? Ou não é algo a se pensar?
Por certo, a lógica é achar que Jesus tinha
uma fila de convites para passar a noite e tomar refeições, certo? Veja o que o
próprio Jesus diz a respeito.
Lucas 9.58 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus
covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Nenhuma casa? Nenhum convite? Isso mesmo! Pelo que somos informados pelo próprio Senhor Jesus, repousar numa casa e tomar refeições com famílias, era coisa rara. Daí o valor dado a acolhida de Zaqueu, por exemplo.
Nenhuma casa? Nenhum convite? Isso mesmo! Pelo que somos informados pelo próprio Senhor Jesus, repousar numa casa e tomar refeições com famílias, era coisa rara. Daí o valor dado a acolhida de Zaqueu, por exemplo.
SEM RECEBER A PESSOA DE JESUS, NÃO SE RECEBE A SUA
PALAVRA.
Agora, sim, podemos ingressar no desenrolar da Parábola do Semeador.
(v.4 “... uma parte caiu a beira do caminho”).
(v.5 “Outra parte caiu em solo rochoso”).
(v.7 “Outra caiu entre os espinhos”).
(v.8 “Outra em fim, caiu em boa terra”).
Agora, sim, podemos ingressar no desenrolar da Parábola do Semeador.
(v.4 “... uma parte caiu a beira do caminho”).
(v.5 “Outra parte caiu em solo rochoso”).
(v.7 “Outra caiu entre os espinhos”).
(v.8 “Outra em fim, caiu em boa terra”).
A aplicação oferecida é: de cada quatro
corações, um acolhe a pessoa e palavras de Jesus. Os demais até ouvem, estão
bem diante dele, mas, não o convidam para hospedá-lo.
SEM RECEBER A JESUS, NÃO LHE DAMOS TEMPO PARA
OUVI-LO.
Jesus chama então, a atenção dos ouvintes, para o tipo de hóspede que ele quer ser em sua vida.
(v.3 “Eis que o semeador saiu a semear”)
Jesus não é do tipo de hóspede que dá trabalho, dá despesas ou que tira do tempo das pessoas. Na verdade, sua presença sempre acrescenta, nunca diminui. Quem já o hospeda em seu coração sabe disso.
Jesus chama então, a atenção dos ouvintes, para o tipo de hóspede que ele quer ser em sua vida.
(v.3 “Eis que o semeador saiu a semear”)
Jesus não é do tipo de hóspede que dá trabalho, dá despesas ou que tira do tempo das pessoas. Na verdade, sua presença sempre acrescenta, nunca diminui. Quem já o hospeda em seu coração sabe disso.
As suspeitas ou recusas são preconceituosas e
impróprias para o convidado ilustre que ele é.
O próprio Senhor Jesus, denuncia a falta de
acolhida a sua pessoa.
(v.19 “A todos que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração”). As justificativas para a recusa são muitas e até criativas.
Como: Não tenho tempo. Não tenho condições. Sinto não ser o momento agora etc.
(v.19 “A todos que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração”). As justificativas para a recusa são muitas e até criativas.
Como: Não tenho tempo. Não tenho condições. Sinto não ser o momento agora etc.
SEM RECEBER A JESUS, TUDO NA VIDA RECEBE MAIS
IMPORTÂNCIA DO QUE ELE.
Jesus é importante em sua vida? Pense bem! E
se Ele te disser que não?
A forma como a Palavra figura pela (semente) é acolhida nos corações, é a
maior prova que Jesus não é tão importante quanto ouve ser.
Marcos 7.6 “Bem
profetizou Isaías a respeito de vós... Este povo honra-me com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim”.
Na aplicação da Parábola, Jesus assevera a
respeito da falta de prioridade que recebe na vida de muitos, o que se aplica
no recebimento de sua palavra.
É como se ele disse-se:
(v.19) Vejam como sou tratado com desdém (periferia) “a beira do caminho”.
(v.20s) Vejam como sou tratado a tempo e hora marcada. Basta um aperto e angústia, o que é muito comum, e logo sou descartado “solo rochoso”.
(v.22) Vejam como por bem pouco sou trocado, ou melhor, vendido “cuidados do mundo e a fascinação das riquezas”!
CREIO que você achou absurdo o fato de um dos seus discípulos, Judas, ter traído a Jesus, vendendo-o por trinta moedas de prata, não? Sim! Mas, quantas e quantas vezes Jesus é “vendido” ou trocado por alguns reais a mais no salário? Quando ao invés de estar diante dele, em sua casa, adorando-o, você acha mais vantajoso à sua vida o faltar por “acrescentar” algo que lá na frente, nada acrescentará? Pense nisso.
(v.20s) Vejam como sou tratado a tempo e hora marcada. Basta um aperto e angústia, o que é muito comum, e logo sou descartado “solo rochoso”.
(v.22) Vejam como por bem pouco sou trocado, ou melhor, vendido “cuidados do mundo e a fascinação das riquezas”!
CREIO que você achou absurdo o fato de um dos seus discípulos, Judas, ter traído a Jesus, vendendo-o por trinta moedas de prata, não? Sim! Mas, quantas e quantas vezes Jesus é “vendido” ou trocado por alguns reais a mais no salário? Quando ao invés de estar diante dele, em sua casa, adorando-o, você acha mais vantajoso à sua vida o faltar por “acrescentar” algo que lá na frente, nada acrescentará? Pense nisso.
Segundo: DÊ IMPORTÂNCIA AO QUE
RECEBE, OFERECENDO FRUTOS.
O Senhor Jesus nada pôde acrescentar aos três primeiros solos, porque não existia nada. Fico a imaginar o quão satisfatório seria lermos que nos quatro tipos de solos, os desafios foram superados e os frutos vieram por lutas e prova da superação pela fé.
O Senhor Jesus nada pôde acrescentar aos três primeiros solos, porque não existia nada. Fico a imaginar o quão satisfatório seria lermos que nos quatro tipos de solos, os desafios foram superados e os frutos vieram por lutas e prova da superação pela fé.
COM O
ENTENDIMENTO DO MODO COMO RECEBEMOS A JESUS, MUITOS FRUTOS DAREMOS. (v.9 “Quem tem ouvidos [para ouvir] ouça”).
(v.23) Mesmo para aqueles que de modo satisfatório hospedam a Jesus em seus corações, fica a exortação dada pelo modo decrescente dos frutos serem oferecidos. Percebe-se como verdade que a tendência é a diminuição dos frutos. Por quê?
(v.23) Mesmo para aqueles que de modo satisfatório hospedam a Jesus em seus corações, fica a exortação dada pelo modo decrescente dos frutos serem oferecidos. Percebe-se como verdade que a tendência é a diminuição dos frutos. Por quê?
Não seria talvez a força arrebatadora que está sobre os
três primeiros solos, tentando penetrar no quarto e último? Pense nisso!
A conclusão que o Senhor Jesus nos oferece é
que sem o entendimento da Palavra (semente) todo o trabalho de Jesus (semeador) não é aproveitado na vida de
todos que precisam.
Enquanto pessoas fecham suas vidas e lares
para Jesus e a Sua palavra penetrar, deixando-o fora. Ele continua a bater.
Todas as coisas acontecem de modo soberano. Sim! Mas de responsabilidade humana também.
Os homens serão julgados segundo suas ações, escolhas, palavras e pensamentos.
Todas as coisas acontecem de modo soberano. Sim! Mas de responsabilidade humana também.
Os homens serão julgados segundo suas ações, escolhas, palavras e pensamentos.
Apocalipse 3.20 “Eis que
estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em
sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”.
A presença de Jesus é abundantemente cheia de
bênçãos. Enquanto fecham a porta para ele entrar, ele está oferecendo portas
abertas.
João 14.2 “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria
dito. Pois vou preparar-vos lugar”. Jesus é um viajante que merece a nossa
acolhida e a honra de fazer parte da nossa família e vida.