quarta-feira, 2 de julho de 2014

COMO JUSTIFICAR O NOSSO CANSAÇO DIANTE DA RESPONSABILIDADE DE IR À CASA DO SENHOR?



Sei que irá concordar ao dizer que, dentre muitos desafios de se fazer presente aos cultos está o cansaço.  Não me refiro a um culto específico, mas a todos eles! Basta observar o que se levanta como argumento aos mesmos: na quarta culto de oração é por ser bem no meio da semana; no domingo na EBD por ser muito cedo e pelo acúmulo normal das atividades de toda uma semana de trabalho; e no domingo à noite é porque o dia foi cheio, visitas, passeios ao shopping, praia, almoço, roupas para lavar e...; Entendeu? O cansaço quase que é item de devoção particular contra a forma bíblica de culto. É pelo cansaço que outros motivos aparecem: dor de cabeça, dor nas costas, sono, desânimo etc.. Sem falar nos culpados: muitos cânticos, pregação longa e orações sem fim.

Vejamos então, como podemos de forma simples e objetiva mudar este quadro.

Salmo 84.1-4, 10  “Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente. Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”.
Percebemos que a grande ilusão que a todos toma é a de achar que não indo a Casa do Senhor em razão do cansaço, curará o próprio cansaço.
Algumas lições desafiadoras o salmista nos oferece.

A primeira lição é que o ir à Casa do Senhor é um ato de DEDICAÇÃO PESSOAL NA FORMA DE DEVOÇÃO. “Quão amáveis”. (v.1)                           
A expressão utilizada pelo salmista transmite grande expectativa pessoal e desejo ao que se refere. Ele nos leva a pensar na Casa do Senhor em termos superlativos. Ou seja, nada do que  fora a isso existe, supera o seu sentimento pelo objeto desejado, estar nos Tabernáculos do Senhor.
É na Casa do Senhor que ele encontra a realização plena de seus ideais de vida, equilíbrio aos sentimentos que tanto necessita e expressões de uma vida com Deus, não como substituto religioso, mas como meio de contemplação da própria pessoa de Deus.
Atingir este nível de compreensão não veio num instante. É perfeitamente natural pensarmos que ele se preparou antecipadamente para este encontro. E a luz dessa possibilidade, podemos como real, identificar o que talvez seja a causa de tanta ausência e cansaço nos cultos, à falta de preparo antecipado.

Salmos 27.4  Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo.

A segunda lição é que o ir à Casa do Senhor é QUERER ENCONTRAR COM O PRÓPRIO SENHOR. “Senhor dos Exércitos”. (v.1b)                                                
O mundo exacerbadamente materialista tem ofuscado esta verdade! A Bíblia diz que Deus é Espírito. João 4.24 O salmista expõe plena confiança que na Casa do Senhor, o encontro seria com o Senhor! Bem mais do que tudo mais que se faz visivelmente presente, pessoas, liturgia e tudo mais. Deve-se portanto, admitir que um simples cansaço tem roubado alguns e seus encontros com Deus. Engana quem só vê pessoas presentes é o que o salmista deseja repassar como desafio a todos! 

Apocalipse 2.1  A o anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro.

Além disso, lugares de encontro com o Senhor estão presentes por toda a Bíblia.
Desde o Jardim do Éden, Vale de Jaboque, o lugar da sarça ardente que Moisés viu e dela quis se aproximar; o próprio Monte Sinal que fumegava por representar a todos a glória e o poder do Senhor dos Exércitos; o Tabernáculo que o salmista se refere; posteriormente o Templo de Salomão, lugar escolhido por Deus para estar; o próprio Senhor Jesus Cristo que nas palavras de são João, Tabernaculou, João 1.14 e por fim a figura da Igreja congregando em casas e edifícios.
Os lugares sagrados sempre foram à tônica do relacionamento entre Deus e seu povo. E para quem ainda não acha válido o ir aos cultos na Casa do Senhor pela Igreja, devem lembrar as palavras do Senhor Jesus como bendita promessa.   

Mateus 18.20  Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.

A terceira lição é que o ir à igreja propicia RENOVO A FALTA DE FORÇA E DESGASTES. “A minha alma suspira e desfalece pelos teus átrios” (v.2)             
Nas palavras do salmista ele não descansaria deixando de ir à Casa do Senhor. Ou seja, não curamos o cansaço deixando de ir a Casa do Senhor.
Na verdade o efeito é o oposto! Ele usa das forças que lhe restavam e do ânimo que ainda possui para superar a si mesmo e chegar a Casa do Senhor.  É a presença do Senhor que a todos supre. É nos lugares marcados pelo Senhor que as nossas forças serão renovadas.
Isaías 40.29-31 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
II Coríntios 4.16  Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.
Também encontramos o efeito dos que, pelo cansaço são vencidos deixando de ir a Igreja. 
Hebreus 10.24s Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.

A quarta lição é que ir a Igreja REFLETE A NOSSA ALEGRIA PELAS COISAS RELACIONADAS AO SENHOR. “o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo”. (v.2b)                                                                                   
É difícil dizer outra coisa fora do que está sendo dito nestes nos versos.
Embora, talvez, nos recusemos em aceitá-los. O salmista usa como termo exulta o sentido de dominar. Ou seja, é o desejo por Deus que o domina e por isso, as coisas acontecem com naturalidade, não forçado ou por constrangimento como algumas vezes se percebe.
Assim, fica bastante claro que nada se acrescenta a vida dos que deixam de ir a Casa do Senhor, seus santos átrios.
Poderíamos parar por aqui, mas o que o salmista apresenta como fechamento é que ele encontrava nos tabernáculos, sentido de quem ele era e do papel que o Senhor exercia em sua vida. “Eu encontrei os teus altares” (v.3c-4)
O estar na Casa do Senhor transmite aos que estão o senso de estarem mais próximos de Deus, de estarem fazendo a própria vontade de Deus.  
“Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”. (v.10)
O nosso cansaço como vimos, não pode nos oferecer tanto conteúdo como estes apresentados pelo salmista. 
A Bíblia apresenta que a fé do cristão é o conteúdo que este carrega pela revelação, a Palavra propriamente dita. Ou seja, sem obediência a esta palavra não fortalecemos a nossa vida de fé. 

Romanos 10.17  E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.
Que o Senhor o conduza sempre a Casa do Senhor.

Romanos 1.17  visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O 
justo viverá por fé.

Hebreus 11.6  De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.