Como
você avaliaria a sua vida se contasse sempre, com a boa mão do Senhor?
Posso
imaginar que para alguns, isso apenas pareça algum tipo de presunção.
Para outras talvez, nada mudaria em suas vidas, pois, são céticas
demais para achar verdade tal possibilidade. Para uns poucos, tudo mudaria e
para melhor! E você o que diz?
Para os que creem ser vantajoso na vida contar com a boa mão do
Senhor, a Bíblia oferece provas práticas de como isso, se mostra favorável à
pessoa.
Na
Bíblia a expressão “Boa Mão do Senhor” aparece oito vezes, sendo que
seis num só livro, o livro de Esdras.
O personagem central do
livro é o próprio Esdras, que chamado por Deus, recebeu o
encargo de liderar a primeira caravana do povo após o período de cativeiro
babilônico. Ele estava sob o reinado de Artaxerxes I, também conhecido como longimano,
por ter uma das mãos, maior que a outra.
O desafio de Esdras em convencer o rei e o povo a
retornarem para Jerusalém, bem como providenciar e administrar todo o aparato
necessário, só tornavam as coisas humanamente mais difíceis. Daí o que faz
mudar as perspectivas e ações tomando como base que ele contava com a boa mão
do Senhor.
Contar com a boa mão do Senhor é mais do que obter alguma garantia para
as decisões que precisam ser tomadas; é a certeza que não estará indo contra
Deus.
A
primeira evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez no FAVOR DO REI. (v.6b) “segundo a boa mão do
SENHOR, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe
pedira”.
A boa mão do Senhor estava sendo estendida
através do rei Artaxerxes I; era o que Esdras contava como de fato acontecendo
naquele momento histórico e marcante para todo o povo. Os papeis parecem se
inverter no sentido que Deus elevara a pessoa de Esdras aos olhos do rei, com o
fim de que em tudo, este lhe concedesse.
É bom o destaque, que Artaxerxes por suas próprias
palavras nos capítulos sete e oito, não dá indícios de uma experiência pessoal de conversão com o Deus dos hebreus e de Esdras. O que em nada o põe como um desobediente ao
curso da vontade de Deus em todo o processo.
As ações de Artaxerxes ora movidas pela boa mão do
Senhor, podem ser vistas nos versos seguintes:
(v.13) Permissão deliberada para
o retorno do povo;
(v.15)
Disposição dos bens próprios e reais para o custeio do retorno;
(v.16)
Liberação dos recursos de todo os súditos em favor da comitiva;
(v.21) Liberação das tesourarias das províncias caso Esdras achasse necessidade.
As ações de Artaxerxes são raras e poderosas, vistas que não se percebe
em nossos dias, motivação semelhante as que por um “incrédulo” estavam sendo
realizadas.
Lição:
Contar com a boa mão do Senhor é saber que ele trabalha nos corações das
pessoas, movendo-as em Sua direção.
A
segunda evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez no ÂNIMO PELAS MISERICÓRDIAS DO SENHOR. (v.28)
“... e que estendeu para mim a sua misericórdia perante o
rei, os seus conselheiros e todos os seus príncipes poderosos. Assim, me
animei, segundo a boa mão do SENHOR, meu Deus, sobre mim, e ajuntei de Israel
alguns chefes para subirem comigo”.
Contar
com as misericórdias do Senhor, é reconhecer toda dádiva como próprias a Deus. E,
tendo como base a sua própria incapacidade, Esdras se mostra digno e capaz de
administrar com fidelidade as bênçãos do Senhor em tudo.
Hoje,
as ações misericordiosas do Senhor não são mais vistas. Não são poucos os
esquecidos do quão poderosamente a boa mão de Deus o abençoou, seguiu e lhes
deu vitórias. Esdras mantinha o coração íntegro para com Deus em suas
conquistas.
Os
preparativos ganham formas, as pessoas começam a decidir partir para Jerusalém,
os primeiros passos são dados e o ânimo toma os seus corações.
Lição: Contar com a boa mão do
Senhor não é, não ter o que fazer e sim, fazer tudo com motivos de louvor a
Deus.
A
terceira evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez no CHAMADO DOS SERVOS DO SENHOR. (8.15-18)
Já em meio à caminhada, Deus desperta novamente o
coração de Esdras, para que este passe em revista a todos quantos o seguiam.
Este era um costume judeu. O propósito poderia variar e entre outras coisas,
fazer um senso das famílias e o tipo de mão de obra disponível. Além de uma
melhor redistribuição dos recursos.
Contudo, algo triste e que nos chama a atenção. (v.15c “... não tendo achado nenhum dos filhos de Levi”).
Sabemos que das doze tribos, a tribo de Levi foi
a escolhida por Deus, para servir na obra do Senhor nos trabalhos relacionados ao
louvor e sacrifícios.
A esta tribo, foi vetado o direito que as outras eram
comuns, como ter posses, terras e outras coisas mais. As demais tribos deveriam
sustentar e manter a tribo de Levi em suas necessidades básicas.
O que vemos mediante o contexto é que estes viram como "vantagem" ficar na Babilônia, plantando, construindo e tendo a semelhança das demais, o que elas tinham e podiam fazer.
O que vemos mediante o contexto é que estes viram como "vantagem" ficar na Babilônia, plantando, construindo e tendo a semelhança das demais, o que elas tinham e podiam fazer.
O servir ao Senhor passou a ser visto com desvantagem. Pelo menos essa, é a impressão que podemos tirar da não ida dessa
tribo tão especial àquele momento histórico.
A perca da visão ministerial não era algo só
daquele tempo. Tem sido cada vez mais ofuscada e desencorajada pelos dissabores
do tempo presente.
Hoje, poucos são os jovens que decididos a seguir e servir de modo integral ao Senhor no ministério. Um quadro ainda mais triste em muitos seminários, com turmas de meia dúzia de pessoas, enquanto que as mocidades reforçam as concorridas vagas nos diversos cursos seculares. De quem é a culpa? Será que não há mais a necessidade do chamado? São desmotivados pelo quê?
Hoje, poucos são os jovens que decididos a seguir e servir de modo integral ao Senhor no ministério. Um quadro ainda mais triste em muitos seminários, com turmas de meia dúzia de pessoas, enquanto que as mocidades reforçam as concorridas vagas nos diversos cursos seculares. De quem é a culpa? Será que não há mais a necessidade do chamado? São desmotivados pelo quê?
O certo é que Esdras, convence a muitos a virem e
tomarem novamente o curso de vida proposto pelo Senhor aos mesmos. (vv.18-20)
Lição:
O cuidar e valorizar aos que dedicam suas vidas no ministério é o maio estímulo
que o povo de Deus pode dar.
A
quarta evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez na PROTEÇÃO CONTRA OS INIMIGOS (8.31; 7.9) “Partimos do rio Aava, no dia
doze do primeiro mês, a fim de irmos para Jerusalém; e a boa mão do nosso Deus
estava sobre nós e livrou-nos das mãos dos inimigos e dos que nos armavam
ciladas pelo caminho”.
Esdras
sabia que a jornada seria longa e perigosa. Ele carregava uma elevada quantia de joias
e outros bens dados pelo rei, seus oficiais e demais do povo. Contar com a boa
mão do Senhor era ser poupado de assaltos e latrocidas no retorno a Jerusalém.
Lição: A boa mão do Senhor é uma
forte aliada contra os possíveis perigos e inimigos em meio as jornadas da
vida.
A
quinta evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez ao CUMPRIR O TRAJETO QUE TINHAM A PERCORRER. (7.9) “...
pois, no primeiro dia do primeiro mês, partiu da
Babilônia e, no primeiro dia do quinto mês, chegou a Jerusalém, segundo a boa
mão do seu Deus sobre ele”.
Para
entender melhor o que Esdras está dizendo aqui, é preciso conhecer um pouco da
geografia do deserto entre a Babilônia e Jerusalém. Uma jornada por lugares
ermos, com muitas montanhas e perigos por todo o lado.
O Salmo 121 diz: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro”?
Aqui
temos uma indicação que dos montes, tanto o socorro poderia vir (livramento)
como as ameaças também. Pois, salteadores costumavam ficar nos altos para
poderem atacar com facilidade e sem reação os que passavam ao pé dos montes nas
estradas estreitas e rochosas. Esdras reconhece que era a boa mão do Senhor que
possibilitava desde a saída até a chegada, tempos de proteção e paz numa
jornada de quatro meses.
Lição: Contar com a boa mão do
Senhor é poder entregar o nosso destino em suas mãos. Tenha Deus em sua vida.
A
sexta evidência da boa mão do Senhor sobre Esdras se fez na PRECAUÇÃO EM NÃO DENEGRIR A IMAGEM DE DEUS (8.22) “Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e
cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos
dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles;
mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam”.
Esdras
era um homem de testemunho e palavra. Após narrar ao rei Artaxerxes I, quem era
o Deus de Israel, o seu Deus, ele não se viu mais com condições de pedir ao rei
uma escolta que os acompanhasse.
Esdras tinha como desafio pessoal, entregar a sua
vida e a de todos que com ele retornassem, unicamente nas mãos do Senhor. E
assim, Deus honrou a Esdras e a todos quantos com ele estavam.
Lição:
Estar debaixo da boa mão do Senhor é estar na condição de maior segurança que
exista.
Espero que após as evidências do quão importante é
contar com a boa mão do Senhor, você possa estar com o desejo de assim viver. Daí
gostaria de mostrar por fim, como foi que Esdras obteve a boa mão do Senhor.
Peço que leia e releia o verso dez do capítulo
sete. Neste verso encontramos alguns
passos práticos de como alcançar sobre si a boa mão do Senhor.
(7.10) “Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e
para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos”.
Minha oração e sincero desejo é que juntos,
possamos prosseguir debaixo da boa mão do Senhor. Tenho a firme certeza que
assim, chegaremos ao lugar que a todos, Deus espera que cheguemos.