sexta-feira, 25 de setembro de 2015

QUANTO DE MIM TENHO DADO?


Basta uma rápida leitura das Escrituras para constatarmos que vivemos rumo à “contra mão” do espírito, desejo e esforço característico ao evangelho pioneiro e bíblico. Sim! Tudo mudou.

No texto paulino de I Coríntios 9.19-27, encontramos o relato de um quadro totalmente atípico a realidade de vida no tempo presente. A passagem traz o vívido exemplo daquele que decidiu empenhar-se no serviço e adoração particular em favor do seu Senhor com vistas ao progresso de uma obra que traz realce e renome somente a Jesus Cristo, como digno e merecedor de receber por parte de seus servos sempre o melhor.  

Como cerne da adoração e novo conceito de vida, Paulo descreve que agora, não cabia mais viver só para si, nem tampouco para uma causa de menor valor como são todas as causas do mundo. Pois, aprendera que sua vida, assim como das demais pessoas, tinha grande valor em termos de eternidade. (v.19-21)

O testemunho aqui não constitui um monumento de elevação pessoal ao apostolo. Seu intuito é justamente o oposto! O desejo próprio é que através de um convite sincero, norteie a vida de todos que a exemplo, foram alcançados por Jesus Cristo, através da pregação de um evangelho que via de regra é qualitativo à vida. Sendo, portanto mais que óbvio, que todo o empenho, investimento e sentimentos pró-evangelho, resultam em benefícios próprios ao participante. (v.23-24)
Infelizmente o quadro presente dá conta que outras corridas estão na alta do “câmbio” da vida dos salvos. Cada vez menos se vê a cooperação ao crescimento e proclamação do evangelho do Senhor Jesus. Manter o que já alcançamos está também muito difícil. Os negócios dessa vida parecem ser mais atraentes e duradouros para os que por decisão, disseram “um dia” que amariam o Senhor a tempo e fora de tempo.

Hoje, os trabalhos são reduzidos a três, quatro ou no máximo cinco reuniões de minutos semanais, sob o risco de não ter quem mais os assista. Pelo que se demonstra o desencanto, agora é com o Senhor, que parece não retribuir a altura e “rendimentos” segundo estão obtendo no mundo que os tem em máximo empenho, tempo e dedicação de alma.

Creio que está mesmo na hora de Cristo voltar e por em ordem sua casa e povo! Mas enquanto isso não acontece é bom alertar para o encargo pessoal que a cada um Ele pedirá conta. E a melhor forma de começar é: QUANTO DE MIM TENHO DADO?


Meu desejo e oração é que tal reflexão não seja rechaçada por qualquer espírito de desculpa. Mas, pelo pronto entendimento que chegou a hora de juntos mudarmos esse quadro que está em pleno curso só tende a crescer se não houver mudança em nós.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

DE BEM COM A VIDA!

Você certamente já ouviu a expressão: “de bem com a vida”. O que seria para você uma pessoa estar ou ficar de bem com a vida? O que significa o sentido “de bem”? No Salmo 32 encontramos o rei Davi procurando responder tal pergunta, tomando como base sua própria experiência de vida. É que o salmo 32 resulta de um momento que o rei erroneamente pensava ser o que era ficar de bem com a vida; ele cometeu alguns deslizes que consequentemente o levou a não ficar bem com Deus.

Num primeiro momento, Davi estabelece o que de fato é para todos, estar de bem com a vida. Tal condição resulta da não atribuição por parte do Senhor a qualquer falta, dolo ou mancha presente na vida. E, para que isso se torne realidade, é preciso que diante de qualquer dano ou agravo cometido, haja o desejo pessoal e intransferível de restauração diante do Senhor, que pesa mentes e corações.

Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo. (vv.1-2)

Não demore! O tempo não pode se estender muito! É a experiência ou, melhor, a consciência do próprio rei Davi que nesse momento nos fala. Os prejuízos com a demora dele por uma restauração diante do Senhor ou da permanência ao próprio pecado trouxeram consequências de pesar não só externas, mas, internalizadas no interior da alma. Uma alma que a exemplo de uma terra seca, só prenuncia sofrimento, empobrecimento, desorientação e morte.

Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. (vv.3-4)

Há uma solução, uma saída! A proposta não pode ser de atribuição. A proposta por uma busca e retorno consiste da nomeação do pecado e de seu agressor. É a voz da justiça divina que assim estabelece. Todo e qualquer pecado é pessoal, responsável e cometido em face de escolhas tomadas. Não se requer a responsabilidade do pecador sem que a própria consciência deste não o admita, não o confesse e não abandone (ato de soltar). Davi sabia que era devedor. Ele traduz a voz de sua própria alma (consciência) que naquele momento falava de si para si. Ele precisava sentir o perdão, a restauração e o alívio do Senhor.

Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado. (v.5)

O caminho para a restauração da consciência é um só. É o mesmo para o rei e para o súdito. É o mesmo para o senhor e o escravo. É o mesmo para todos os homens. A necessidade do Senhor é revitalizadora à vida. Nele encontramos proteção, apoio, alegria e paz. Em razão de haver momentos na vida, que precisamos estar preparados. E, não há melhor preparo na vida do que estar próximo do Senhor.

Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento. (vv.6-7)

Deus nos convida por Sua palavra a não nos distanciarmos dele. E, mesmo que porventura tenhamos cometido algum pecado, o caminho para a restauração já foi pré-estabelecido pelo Senhor. O contrário tipifica a rejeição de animais que só se deixam ser conduzidos ao bom caminho, por freios e cabrestos. É desnecessário e em nada proveitoso ser encontrado “lutando” contra o Senhor, contra o direito, contra a necessidade de arrependimento.

Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. (v.9)

O retorno à presença do Senhor é o que distingui de quem perto dele não está. Retornamos a condição que só Deus pode atribuir ao pecador, ser justo. Somente em Deus é possível que o nosso coração seja tido como reto e goze dos benefícios de um coração novamente saudável.

mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá. Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração. (vv.10b-11)


Voltando a frase de efeito “de bem com a vida”, temos agora a real maneira de na vida alcançar tal condição. Se estivermos em comunhão com Deus!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ATÉ ONDE VOCÊ PRETENDE ESTAR COM O SENHOR?


Talvez, você considere a pergunta como óbvia demais. Pois, tenha como suposta resposta que o mais longe e/ou o mais próximo possível. Sim, tudo é uma questão de perspectiva quanto à pessoa do próprio Deus.
O que boa parte das pessoas que usariam tal resposta, dificilmente se permitiria alcançar tal meta. É que desde o chamado de Deus a Moisés, o propósito é claro e definitivo por parte do Senhor; andar o mais próximo do povo para levá-lo ao mais longe possível.
Uma proposta até então, semelhante à resposta que vimos. Todavia, somente da parte do Senhor é verdadeiro quando assim diz. O que é enfático ao mandar Moisés falar com o supremo Faraó. Deixando claro, quais intenções, tinha com o povo. “Deixa ir o meu povo” (5.1; 7.16; 8.1; 20; 9.1, 13; 10.3) Dúvidas? 

Não era para estar perto de Faraó que o povo Deus deveria ficar. Mas, perto do Senhor para servi-lo e celebrá-lo. Sempre! Das dez pragas enviadas ao Egito, sete recusas a um único pedido. E o povo ficou sabendo disso.
E do ponto de vista do povo? Será que a mesma intenção e certeza podem ser vista ou defendida? Libertos das “garras” de Faraó, o povo tem a chance de demonstrar ao Senhor sentimento recíproco. Então, o Senhor lhes dá instruções com vista a assegurar uma aproximação segura e duradoura, os dez mandamentos. Êxodo 20.1-17

Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Êxodo 3.2

Moisés tinha experimentado que pela santidade o povo não tinha o que temer. Bastava seguir as orientações do Senhor. Mas, surpreendendo as expectativas do líder humano o povo rejeita esta condição, dando um “sim” quase que disfarçado a permanência do pecado em suas vidas.  

Respondeu Moisés ao povo: Não temais (grifo meu); Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.  Êxodo 20.20

O povo em comum acordo e linguagem diz a Moisés que a aproximação ao Senhor passaria a ser feita através dele, Moisés. E que não correriam qualquer risco, mesmo que fosse para provar de uma aproximação com o Deus Criador e sustentador de tudo.

Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos. Êxodo 20.19

O episódio se revela conclusivo, quando por ocasião de Moisés subir ao monte por determinação do Senhor, leva consigo uma comitiva representando o povo, Êxodo 24.1 registra tal situação. A comitiva é formada por Moisés, Arão, Nadabe e Abiú e setenta dos anciãos.

Na subida, Deus leva em conta o pedido feito anteriormente pelo povo e, a medida da aproximação é constituída tão somente pelo que está em cada coração. Delimitando assim, que alguns apenas contemplem o “chão” lugar santo da presença do Senhor. (v.10) Estes, não querem se aproximar completamente do Senhor, por isso ficam na metade do monte. Mesmo que sobre eles, seja assegurada a preservação de suas vidas pelo Senhor. (v.11)

Outro mais consciente do Deus de Israel segue a inclinação do coração do líder Moisés, e com ele sobe ao monte, contemplando mais que o chão, o próprio envolto do Senhor sobre eles. (v.17s) Lá, permanecem Moisés e Josué por exatos quarenta dias e quarenta noites. Até que são interrompidos por algo que nas profundezas acontecia, Êxodo 32.

A aproximação é quebrada quando o pecado é estabelecido e aproximo da vida do povo está. Deus interrompe a comunhão vivenciada com Moisés, trazendo a informação que o povo se corrompeu e que trataria de tal desvio de modo conciso. (vv.7-10) O interessante na narrativa é que voltando Moises e Josué, não mais encontram Arão, seus dois filhos e os setenta anciãos onde deixaram. Eles descem e agora, unidos ao povo nas profundezas clamam por aproximação a outro deus.

Nas palavras de Moisés encontramos o empate. Nem há avanço nem retrocesso. Simplesmente fincados no chão estavam o povo em suas escolhas. (v.18) Não era alarido nem de vencedores nem de vencidos. Era alarido de pessoas engessadas, pressas novamente pelas garras não mais de Faraó, mas pelas garras do pecado.

Permanecido Arão e os demais representantes do povo onde estavam, teria o povo se corrompido? Não teve e não recebeu este influência dos que de lá desceram? Certamente que tudo leva a crê que sim. É o caminho natural de quem anda pela metade com o Senhor. É a real situação em que muitos estão.

A saída constitui a mesma. Suba! Aproxime-se cada vez mais do Senhor. A cada dia encurta a distância que há entre você e Deus. Já sabemos que da parte do Senhor, tal desejo e condições foram previamente assegurados. Pois, o preço de parar só tem uma direção, descer, descer e cada vez mais nos fincar no chão.

Através de Jesus Cristo as condições para uma aproximação de Deus são ampliadas e aprimoradas. Não mais é necessário subir literalmente num monte. Basta inclinar o coração e em oração sincera fazer tal subida a presença do Senhor. Jesus Cristo é a garantia de santidade que tanto precisávamos. Jesus Cristo é o Caminho pelo qual subimos a presença de Deus, deixando apenas de contempla-lo pelo “chão” de seus pés.

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Hebreus 10.19-20

Que Deus te abençoe na comum jornada rumo a presença do Senhor. E que nela não haja retardatalhos nem quem retroceda. E que o desejo pelo Senhor sempre esteja em alta em tua vida.

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Oséias 6.3


Invista sua vida em conhecer ao Senhor e perto dele andar. Amém!