Talvez, você considere a pergunta como óbvia demais. Pois,
tenha como suposta resposta que o mais longe e/ou o mais próximo possível. Sim,
tudo é uma questão de perspectiva quanto à pessoa do próprio Deus.
O que boa parte das pessoas que usariam tal resposta,
dificilmente se permitiria alcançar tal meta. É que desde o chamado de Deus a
Moisés, o propósito é claro e definitivo por parte do Senhor; andar o mais
próximo do povo para levá-lo ao mais longe possível.
Uma proposta até então, semelhante à resposta que vimos. Todavia,
somente da parte do Senhor é verdadeiro quando assim diz. O que é enfático ao
mandar Moisés falar com o supremo Faraó. Deixando claro, quais intenções, tinha
com o povo. “Deixa ir o meu povo” (5.1;
7.16; 8.1; 20; 9.1, 13; 10.3) Dúvidas?
Não era para estar perto de Faraó que o
povo Deus deveria ficar. Mas, perto do Senhor para servi-lo e celebrá-lo. Sempre!
Das dez pragas enviadas ao Egito, sete recusas a um único pedido. E o povo
ficou sabendo disso.
E do ponto de vista do povo? Será que a mesma intenção e
certeza podem ser vista ou defendida? Libertos das “garras” de Faraó, o povo
tem a chance de demonstrar ao Senhor sentimento recíproco. Então, o Senhor lhes
dá instruções com vista a assegurar uma aproximação segura e duradoura, os dez
mandamentos. Êxodo 20.1-17
Apareceu-lhe o Anjo do
SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a
sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Êxodo 3.2
Moisés tinha experimentado que pela santidade o povo não
tinha o que temer. Bastava seguir as orientações do Senhor. Mas, surpreendendo
as expectativas do líder humano o povo rejeita esta condição, dando um “sim”
quase que disfarçado a permanência do pecado em suas vidas.
Respondeu Moisés ao povo: Não temais (grifo meu); Deus veio para vos provar e para que o seu
temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis. Êxodo 20.20
O povo em comum acordo e linguagem diz a Moisés que a
aproximação ao Senhor passaria a ser feita através dele, Moisés. E que não
correriam qualquer risco, mesmo que fosse para provar de uma aproximação com o
Deus Criador e sustentador de tudo.
Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém
não fale Deus conosco, para que não morramos. Êxodo 20.19
O episódio se revela conclusivo, quando por ocasião de Moisés
subir ao monte por determinação do Senhor, leva consigo uma comitiva
representando o povo, Êxodo 24.1 registra tal situação. A comitiva é formada
por Moisés, Arão, Nadabe e Abiú e setenta dos anciãos.
Na subida, Deus leva em conta o pedido feito anteriormente
pelo povo e, a medida da aproximação é constituída tão somente pelo que está em
cada coração. Delimitando assim, que alguns apenas contemplem o “chão” lugar
santo da presença do Senhor. (v.10) Estes, não querem se aproximar
completamente do Senhor, por isso ficam na metade do monte. Mesmo que sobre
eles, seja assegurada a preservação de suas vidas pelo Senhor. (v.11)
Outro mais consciente do Deus de Israel segue a inclinação
do coração do líder Moisés, e com ele sobe ao monte, contemplando mais que o
chão, o próprio envolto do Senhor sobre eles. (v.17s) Lá, permanecem Moisés e
Josué por exatos quarenta dias e quarenta noites. Até que são interrompidos por
algo que nas profundezas acontecia, Êxodo 32.
A aproximação é quebrada quando o pecado é estabelecido e
aproximo da vida do povo está. Deus interrompe a comunhão vivenciada com
Moisés, trazendo a informação que o povo se corrompeu e que trataria de tal
desvio de modo conciso. (vv.7-10) O interessante na narrativa é que voltando
Moises e Josué, não mais encontram Arão, seus dois filhos e os setenta anciãos
onde deixaram. Eles descem e agora, unidos ao povo nas profundezas clamam por
aproximação a outro deus.
Nas palavras de Moisés encontramos o empate. Nem há avanço
nem retrocesso. Simplesmente fincados no chão estavam o povo em suas escolhas.
(v.18) Não era alarido nem de vencedores nem de vencidos. Era alarido de
pessoas engessadas, pressas novamente pelas garras não mais de Faraó, mas pelas
garras do pecado.
Permanecido Arão e os demais representantes do povo onde
estavam, teria o povo se corrompido? Não teve e não recebeu este influência dos
que de lá desceram? Certamente que tudo leva a crê que sim. É o caminho natural
de quem anda pela metade com o Senhor. É a real situação em que muitos estão.
A saída constitui a mesma. Suba! Aproxime-se cada vez mais
do Senhor. A cada dia encurta a distância que há entre você e Deus. Já sabemos
que da parte do Senhor, tal desejo e condições foram previamente assegurados. Pois,
o preço de parar só tem uma direção, descer, descer e cada vez mais nos fincar
no chão.
Através de Jesus Cristo as condições para uma aproximação de
Deus são ampliadas e aprimoradas. Não mais é necessário subir literalmente num
monte. Basta inclinar o coração e em oração sincera fazer tal subida a presença
do Senhor. Jesus Cristo é a garantia de santidade que tanto precisávamos. Jesus
Cristo é o Caminho pelo qual subimos a presença de Deus, deixando apenas de
contempla-lo pelo “chão” de seus pés.
Tendo, pois,
irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo
novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e
tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero
coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e
lavado o corpo com água pura. Hebreus 10.19-20
Que Deus te abençoe na comum jornada rumo a presença do
Senhor. E que nela não haja retardatalhos nem quem retroceda. E que o desejo pelo
Senhor sempre esteja em alta em tua vida.
Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a
alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva
serôdia que rega a terra. Oséias 6.3
Invista sua vida em conhecer ao Senhor e perto dele andar.
Amém!